terça-feira, 30 de outubro de 2007

Cativa




Os meus cabelos são folhas
De um carvalho que adormece;
Sou uma escolha de escolhas,
Sou Penélope que tece.

Não sei se amo ou fui amada.
Hoje sento-me e enumero
as ondas de madrugada
sem saber por quem espero.

Oh, minha vida cativa
Nas grades duma janela!
Sem vento não há quem viva,
Quando aporta um barco à vela?

T.A.

2 comentários:

Anónimo disse...

Cara Teresa,

Belíssimos, os teus poemas em redondilha maior. Parabéns!

Votei-me ao silêncio por tempo indeterminado, conforme deixei escrito num dos últimos “posts” dos Castelos de Vento,
mas a tua gentileza fez com que quebrasse momentaneamente os “votos” e viesse aqui agradecer-te a dupla atenção (comentário e link).

Abraço.

Zénite

Teresa Albuquerque disse...

Espero que retome o seu blog. Era uma pena parar com ele.